“Mercado não tem preconceito com mulheres. Em algumas áreas, como saúde, dá preferência.”


Fonte:   https://ocontraditorio.com/ladodireitodaequidade/igualistas/gisele-meter/mercado-preconceito-mulheres-areas-saude-preferencia/  

— Gisele Meter, coach e idealizadora da metodologia LIFE – Liderança Feminina Estratégica, 2015.


Que homens e mulheres têm características e qualidades diferentes, ninguém questiona. Mas será que no mercado de trabalho essas diferenças pesam mais do que as competências profissionais, fazendo com que existam profissões em que as mulheres se destaquem, sendo melhor do que eles? Ou tudo não passa de uma questão de habilidade pessoal, sem influência do gênero do profissional?

Para a coach e idealizadora da metodologia LIFE – Liderança Feminina Estratégica, Gisele Meter, hoje, a tendência da maioria das empresas é ver as mulheres como iguais, sem diferenciá-las dos homens. “Até acredito em profissões em que mulheres têm um melhor desempenho do que homens, como as depiladoras ou manicures, por exemplo, mas esses são casos extremos de intimidade feminina. Acredito que o jeito de uma mulher ser é diferente de um homem, mas isso não a faz nem melhor nem pior que ele e isso não interfere em sua profissão”.

Sobre o mercado de trabalho, a coach acredita que, em um primeiro momento, pode existir um olhar diferente para a mulher que atua em áreas consideradas masculinas, mas que tudo isto passa quando elas provam sua capacidade. “Acho que o mercado não tem preconceito propriamente dito, apenas não está acostumado com mulheres em determinadas áreas, mas, depois que percebem como uma mulher pode ser boa naquilo que faz, as coisas ficam melhores para todos”.

Ainda sobre a questão de gênero, a coach lembra de um comentário feito pela engajada atriz Emma Watson, a eterna Hermione da saga Harry Potter, que, em janeiro deste ano, respondeu a uma dúvida de uma fã, em sua conta no Twitter. “A atriz recebeu uma mensagem em que uma garota diz que gostaria de ser engenheira, mas seu pai achava que era uma profissão masculina, e pergunta: ‘O que devo fazer?’ Emma, supersagaz, responde: “Seja uma engenheira!””, conta Gisele, mostrando que não deve haver limites para as conquistas profissionais femininas.

No mercado de trabalho

A coordenadora de Recrutamento e Seleção da Keeper Recursos Humanos Gisele Decker reforça a ideia de que não há profissões exclusivamente femininas ou masculinas. “Encontramos pessoas com aptidão e talento para algumas coisas e não para outras, independente do gênero. Talvez nos trabalhos em que se utiliza mais força física, os homens ‘podem’ ter um melhor desempenho, mas não acredito que seja uma justificativa para separação de trabalhos para homens e mulheres. Para qualquer indivíduo, é uma questão de estímulo e treino”. Sobre as áreas que mais oferecem oportunidades para as mulheres, ela diz que há mais vagas na área da saúde e em funções onde a aparência e atendimento sejam primordiais.

Na área deles

A analista de suporte do departamento de tecnologia da informação (TI) da BM Pré-Moldados Ariane Lopes sabe bem o que é atuar em uma área que já foi predominantemente masculina: ela trabalha no setor de TI de uma empresa da área da construção civil, mas, segundo ela, nem por isso, passou por alguma dificuldade ou preconceito.

“Cuido de toda a TI da matriz e da fábrica. Faço a manutenção dos computadores, servidores e outros equipamentos. Para trabalhar com TI, você deve estar sempre atualizada, por isso, a profissional dessa área tende a ser estudiosa e curiosa, mas a concentração também é fundamental, assim como a organização e a atenção aos detalhes. Certa vez, em uma empresa, me disseram que o sistema de licenças de softwares e permissões de rede só estava organizado porque era uma mulher que cuidava disto”, relata Ariane.

Para crescer profissionalmente, ela conta que tenta compreender o dia a dia da empresa, mantendo o foco em solucionar os problemas, além de investir em cursos e certificações, para não se tornar uma profissional obsoleta. “Sendo mulher, somos mais avaliadas quanto ao conhecimento e, muitas vezes, somos a única no setor de TI. Também precisamos tirar dúvidas com outros profissionais, coisa que os homens têm mais vergonha, mas eu me sinto à vontade para perguntar e acho que a pessoa que foi consultada se sente mais valorizada quando nos passa seu conhecimento”.

— Paula Weidlich, “Mulheres têm chances de destaque em qualquer profissão”, Paraná Online, 24.03.2015. http://www.parana-online.com.br/canal/mulher/news/867504/?noticia=MULHERES+TEM+CHANCES+DE+DESTAQUE+EM+QUALQUER+PROFISSAO

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