Esposa do Nem da Rocinha condenada a 28 anos de prisão


Fonte:   https://7uvw.xyz/ladodireitodaequidade/uncategorized/brasil-noticias/esposa-do-nem-da-rocinha-condenada-a-28-anos-de-prisao/  

— Rio de Janeiro, 2016.

Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi condenada nesta terça-feira (15) a 28 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa. A sentença foi dada nesta terça-feira (15).

Há seis dias, Danúbia foi solta por decisão da Justiça. O casal havia sido denunciado por associação para o tráfico de drogas em outro processo. Ambos foram absolvidos desta acusação. Nem, no entanto, tem outras várias condenações e seguiu preso.

Sobre o crime de corrupção ativa, a magistrada sentencia que Danúbia pagava propina a policiais para que os agentes fornecessem informações sobre a movimentação dos PMs no interior da comunidade, o que facilitava o tráfico de drogas e evitava enfrentamentos com os traficantes.

De acordo com a sentença, Danúbia foi condenada pelo crime de associação para o tráfico por ter ocupado posição de liderança na facção criminosa que atuava na Favela da Rocinha em 2011. A ré repassava ordens do marido, Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, que cumpre pena em presídio federal.

“A facção criminosa destaca-se pela violência com a qual trata os próprios integrantes do grupo e a sociedade que vive na região, que permanece subjugada aos mandos e desmandos dos traficantes que patrulham a comunidade armados. Os resultados e consequências do delito são graves, eis que vários são os crimes cometidos pela organização criminosa que comanda a comunidade da Rocinha, pretendendo com a sua atuação criminosa se substituir ao Estado legalmente constituído, impondo suas regras de conduta através do medo, terror e crueldade. A Unidade de Polícia Pacificadora implantada na comunidade vem tendo dificuldades no patrulhamento devido à resistência do tráfico”, afirma a magistrada.

Sobre a condenação por tráfico de drogas, a juíza Renata Gil relata na sentença que a Polícia Militar enfrentava dificuldades no patrulhamento.

“A Unidade de Polícia Pacificadora implantada na comunidade vem tendo dificuldades no patrulhamento devido à resistência do tráfico. Ressalte-se ainda que, juntamente com os corréus “Nem” e “Rogério 157”, mantinha o comando sobre a venda de todo o material entorpecente na favela, tendo atuação ativa também na compra e distribuição da droga, funcionando a comunidade da Rocinha como importante entreposto de abastecimento da Zona Sul do Rio de Janeiro em função de sua posição estratégica na cidade”.

— G1, “Justiça do Rio condena mulher de Nem da Rocinha a 28 anos de prisão”, 15.03.2016. http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/03/justica-do-rio-condena-mulher-de-nem-da-rocinha-28-anos-de-prisao.html

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