– Jornal Tribuna de Macau, 2012.
Kanae Kijima, 37 anos, foi condenada por assassinar os três namorados, com idades de 41, 53 e 80, que conheceu através de sites de relacionamento da Internet.
Kijima, que tinha um passado duvidoso de prostituição, matou os homens envenenando-os com monóxido de carbono após dar-lhes comprimidos para dormir.
O Tribunal distrital de Saitama ouviu que as mortes foram necessárias para ela encobrir as verbas que lhes tinha conseguido extorquir durante os breves relacionamentos. “Por três vezes cometeu crimes extremamente graves e viciosos”, disse o juiz Kazuyuki Ohkuma, no decurso da leitura da sentença.
A atarracada Kijima, que segundo a imprensa local compareceu no tribunal vestindo uma saia curta, cometeu os crimes “a fim de manter a sua vida de luxo sem trabalhar”, disse o juiz.
Mais de 1.300 pessoas estiveram numa fila para assistirem à leitura da sentença. Os lugares disponíveis para o público na audiência eram apenas 49.
O caso ganhou expressão mediática, porque, excepcionalmente, os acusadores terminaram a acusação sem a confissão da autora ou depoimentos de testemunhas. A acusação baseou-se, apenas em provas materiais circunstanciais, tais como as compras de pílulas para dormir e o carvão que deixou a arder para intoxicar as vítimas altamente drogadas. Ficou também claro que Kajima se encontrou com cada um dos “namorados” pouco antes deles morrerem.
Primeiro, matou Takao Terada, 53, e Kenzo Ando, 80, em Tóquio, e Chiba. Estas mortes ocorreram em Janeiro e maio de 2009. Nestas duas ocasiões, Kanae Kijima deixou carvão aceso nas casas das vítimas, método esse bastante comum de suicídio no Japão. Por seu turno, Yoshiyuki Oide, 41, morreu num carro alugado, também das emanações de carvão, na vizinha Prefeitura de Saitama, em Agosto de 2009.
Kijima não confessou dizendo que duas das suas vítimas se tinham matado porque estavam perturbados com a ideia de ela os deixar.
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