– Espírito Santo, 2016.
A ex-companheira suspeita de atear fogo em uma vigilante em Vila Velha, no Espírito Santo, tentou incriminar a própria irmã, segundo a polícia. O crime aconteceu em 2 de agosto. Maria Pereira dos Santos foi presa e indiciada por homicídio qualificado, calúnia, falsidade ideológica e corrupção de menores.
A vigilante Sônia Almeida Santana morreu no dia 10 de agosto, oito dias depois de ter 90% do corpo queimado. A principal suspeita é a ex-companheira dela, Maria Pereira dos Santos, que apresentou documentos em nome Sandra Oliveira dos Santos durante as investigações.
Após o crime, ela fugiu para a região deBrumado, na Bahia, junto com uma menor, que participou do crime, e um homem conhecido como “Heldão”.
Depois, a suspeita foi para o municípioCoronel Fabriciano, em Minas Gerais, onde foi presa no dia 25 de agosto. Na ocasião, também foram detidos a filha de Maria, Rafaela dos Santos Siqueira, e o genro, Jackson Ferreira de Oliveira, vulgo “Jaquinha”’.
De acordo com a polícia, durante o tempo em que esteve foragida, Maria e a adolescente que participou do crime montaram uma versão do crime que incriminava a irmã da suspeita, chamada Selma. Segundo a investigações, elas suspeitavam que Selma estaria passando informações para a polícia.
Outra irmã de Maria, chamada Bruna, chegou a ser intimidada pelo genro da suspeita pelo mesmo motivo. No dia 11 de agosto, Jackson disparou várias vezes contra a casa de Bruna.
Ao prestar depoimento à polícia, Maria negou a prática do crime e imputou o crime à irmã Selma. A suspeita também contou que usava o nome de Sandra e que fez o RG com este nome por não gostar do nome “Maria”.
Maria foi indiciada por homicídio qualificado, calúnia, falsidade ideológica e corrupção de menores. A adolescente foi indiciada por homicídio qualificado e calúnia e encontra-se internada. Jackson Ferreira de Oliveira foi indiciado por homicídio qualificado tentado (três vezes) e foi solicitada a Prisão Preventiva dele.
O crime
Segundo a polícia, a vítima estava em casa quando Maria chegou com uma adolescente e alguns vasilhames de gasolina. Maria chamou pela vítima e, em seguida, a menor jogou o líquido inflamável sobre Sônia e Maria ateou fogo e fechou o portão com o cadeado para dificultar a fuga da vítima.
Um vizinho da vítima contou que era por volta de 23h, quando ouviu um barulho alto e pessoas gritando próximo de onde ele mora.
“Tinha até um carro parado com som alto, exatamente para não chamar muita atenção. Viemos para o lado de fora ver o que tinha acontecido e percebemos que a porta da casa dela estava fechada”, disse.
“Um vizinho nosso veio, puxou a porta e, quando vimos, ela estava toda pegando fogo. A criança que estava lá dentro veio, nós a socorremos e chamamos o Samu”, contou o vizinho de Sônia.
A vítima foi socorrida ao Hospital Santa Mônica e transferida para o Hospital Jayme Santos Neves, onde faleceu no dia 10 de agosto, em razão dos ferimentos.
Outros crimes
O genro de Sandra é suspeito de ser um dos autores de uma tentativa de homicídio contra um homem, que acabou vitimando uma jovem, no dia 26 de fevereiro deste ano, no bairro Vila Garrido, em Vila Velha.
Já Rafaela, filha de Sandra e mulher de Jackson, tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. A adolescente, encontrada junto com os demais, é suspeita de participar do homicídio de Sônia e foi encaminhada para a Promotoria do Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase).
Comentários
Postar um comentário