“Chefas são mais propensas à depressão que homens na mesma posição.”


Fonte:   http://7uvw.xyz/ladodireitodaequidade/eua-pesquisas/chefas-propensas-depressao-homens-mesma-posicao/  

– Dra. Tetyana Pudrovska (Depto de Sociologia, Universidade do Texas) e Dra. Amelia Karraker (Faculdade de Ciências Humanas, Universidade do Iowa), 2014.


U. do Texas:
Mulheres em cargos de chefia são mais propensas a desenvolver sintomas de depressão do que os homens na mesma posição. Esta é a principal conclusão de um estudo feito por cientistas da Universidade do Texas e publicado na “Journal of Health and Social Behaviour”.

A pesquisa ouviu por telefone 2,8 mil pessoas, sendo 1,5 mil do sexo feminino, no período entre 1993 e 2004. Ao longo desta década, todos os entrevistados estavam com idades entre 54 e 64 anos.

No estudo, os participantes foram perguntados sobre sua autoridade no trabalho e sobre o número de dias na semana anterior em que sentiam sintomas depressivos, tais como tristeza e pensar a própria vida é um fracasso.

Quando o trabalho incluiu contratação, demissão e influência na remuneração, as mulheres em posições de chefia apresentaram uma taxa 9% maior de sintomas depressivos do que as mulheres sem autoridade. Enquanto isso, os homens em altas posições hierárquicas tiveram uma diminuição da taxa em 10% em relação a outros sem grandes poderes no trabalho.

Os cientistas também disseram que os homens costumavam decidir com mais frequência que as mulheres o início e o término o trabalho, e eram menos frequentemente monitorados por seus subordinados.

Em entrevista à BBC, a pesquisadora-chefe Tetyana Pudrovska disse que, mesmo com mais instrução, mulheres em cargos de chefia têm pior saúde mental:

– As chefes do sexo feminino também devem lidar com tensão interpessoal, interações sociais negativas, estereótipos, preconceitos, isolamento social, bem como a resistência dos subordinados, colegas e superiores – afirmou Pudrovska.

Já a cientista Ruth Sealy, da City University de Londres, disse que as mulheres são muitas vezes “aprisionadas” pela noção de gênero de um bom líder.

– Quando as mulheres adotam comportamentos tradicionalmente masculinos como líderes, elas são criticadas por serem pouco femininas, mas seus colegas não acreditam que as mulheres são boas líderes quando adotam apenas características femininas – acrescentou.

– O Globo, “Mulheres em cargos de chefia são mais depressivas que homens, diz estudo”, 21.11.2014. http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/mulheres-em-cargos-de-chefia-sao-mais-depressivas-que-homens-diz-estudo-14620884

“Usando os dados de 1957-2004 do Estudo Longitudinal Wisconsin, nós explorar o efeito da autoridade de emprego em 1993 (aos 54 anos) sobre a alteração dos sintomas depressivos entre 1993 e 2004 (65 anos) entre os homens e as mulheres brancas. Dentro de gênero comparações indicam que as mulheres com autoridade trabalho (definido como o controle sobre o trabalho dos outros) apresentam mais sintomas depressivos do que as mulheres sem autoridade trabalho, enquanto que os homens em posições de autoridade são em geral menos deprimidas do que os homens sem autoridade trabalho. Entre em termos de gênero comparações revelam que, embora as mulheres têm depressão maior do que os homens, a desvantagem das mulheres na depressão é significativamente maior entre os indivíduos com autoridade de emprego do que sem autorização de trabalho. Argumentamos que meso e macro processos de estratificação de gênero criar um ambiente de trabalho em que exercer a autoridade de trabalho expõe as mulheres a estressores interpessoais que minam benefícios para a saúde de autoridade trabalho. Nosso estudo destaca a forma como os significados culturais de masculinidades e feminilidades atenuar ou amplificar os recursos de promoção da saúde de vantagem socioeconômica.”

“Using the 1957–2004 data from the Wisconsin Longitudinal Study, we explore the effect of job authority in 1993 (at age 54) on the change in depressive symptoms between 1993 and 2004 (age 65) among white men and women. Within-gender comparisons indicate that women with job authority (defined as control over others’ work) exhibit more depressive symptoms than women without job authority, whereas men in authority positions are overall less depressed than men without job authority. Between-gender comparisons reveal that although women have higher depression than men, women’s disadvantage in depression is significantly greater among individuals with job authority than without job authority. We argue that macro- and meso-processes of gender stratification create a workplace in which exercising job authority exposes women to interpersonal stressors that undermine health benefits of job authority. Our study highlights how the cultural meanings of masculinities and femininities attenuate or amplify health-promoting resources of socioeconomic advantage.”

– Tetyana Pudrovska e Amelia Karraker, “Gender, Job Authority, and Depression”, Journal of Health and Social Behavior, December 2014 vol. 55 no. 4 424-441. http://hsb.sagepub.com/content/55/4/424.abstract

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