Leta sabota caiaque para matar noivo que queria menage a trois, e ficar com seguro de vida


Fonte:   http://bit.ly/2gbOFcM  

– UOL, 2015.


UOL: Leta sabota caiaque para matar noivo que queria menage a trois, e ficar com seguro de vida
Eles pareciam ser o amor em pessoa, um casal bonito, que adorava o seu gatinho, saía com amigos nos bares da região e remava no rio Hudson em dois caiaques, um vermelho e um azul, que guardavam em seu apartamento.

Então, numa noite de domingo do mês passado, Angelika Graswald, 35, telefonou desesperada do rio para a polícia. Seu noivo, Vincent Viafore, 46, tinha virado o caiaque e ela não conseguia encontrá-lo na água fria e agitada. Ele foi dado como morto, embora seu corpo não tenha sido encontrado.

Dez dias depois, enquanto ela estava colocando flores em memória dele na ilha de Bannerman, o local onde o casal estava no dia da morte de Viafore, a polícia prendeu Graswald e acusou-a de assassinato em segundo grau.

A polícia não disse por que acredita que Graswald matou Viafore, ou como ela fez isso. Os policiais alegam que, nos dias seguintes ao desaparecimento dele, ela fez uma série de declarações conflitantes que a implicaram na morte.

Depois do passeio de caiaque, Graswald publicou uma enxurrada de posts no Facebook que a faziam parecer muito mais aliviada do que em luto. Havia fotos iniciais do casal e trechos de poemas, depois, selfies em que ela está praticamente radiante, um vídeo dela virando estrela, um desenho animado espirituoso sobre um casal de velhos.

Menos de uma semana depois que ele morreu, ela apareceu em um bar local com seus amigos e subiu no palco para cantar “Hotel California”.

Talvez a pista mais forte do argumento que as autoridades estão construindo contra ela tenha sido revelada em uma entrevista que Graswald deu ao “News 12 Westchester”, horas depois de sua prisão em 29 de abril.

De acordo com a reportagem, Graswald disse que a polícia tinha encontrado seu diário, no qual ela havia escrito que Viafore queria fazer um “ménage à trois” e que ela havia desejado que ele estivesse morto. Ela disse que escreveu aquilo num ímpeto momentâneo de raiva e que não era verdade. Ela também disse que a polícia achou que ela tinha sabotado o caiaque de Viafore, que foi recuperado.

Ela está na prisão em Orange County; a audiência da fiança estava agendada para 13 de maio.

O advogado de Graswald, Richard A. Portale, disse que a polícia fez um julgamento precipitado e interpretou mal o comportamento dela depois do episódio. “Eu gostaria que eles tivessem sido mais cautelosos e dessem a ela um pouco mais do benefício da dúvida”, disse Portale.

Alguns dos amigos mais próximos do casal dizem que não conseguem entender como Graswald, que tem cerca de 1,50 de altura, poderia ter matado Viafore, que tinha quase 1,90 metro. Eles tampouco veem motivo para isso, dizem.

“Ele era apaixonado por ela, e ela era apaixonada por ele”, disse Sean von Clauss, músico que foi amigo de infância de Viafore e planejava tocar no casamento deles.

“Os dois foram a um show que eu fiz em dezembro. Eles dançaram juntinhos, e ele a fez girar. Eles estavam tão apaixonados. Simplesmente não acredito nisso.”

Este seria o terceiro casamento tanto para Viafore quanto para Graswald, que se mudou de sua Letônia natal para os EUA aos 20 anos, trabalhando como babá para uma família de Connecticut.

Viafore cresceu perto do rio, em um bairro amigável de classe média em Wappingers Falls, no sul de Dutchess County. Uma amiga, Gena Vanzillotta, também cresceu lá.

“Metade do bairro era italiana, e a outra metade era irlandesa”, ela se lembra. “Era quase como um pequeno Bronx ou Yonkers.”

Atleta no ensino médio, Viafore poderia ser visto quase todo fim de semana com o mesmo círculo de amigos de infância em um dos vários bares à beira do rio.

“Ele gostava de uma boa festa e de um bom charuto”, disse Vanzillotta. “Você não conseguiria encontrar ninguém que falasse mal dele.”

De fato, os amigos dizem que Graswald e Viafore se conheceram ou Mahoney’s Irish Pub ou no Pickwick Pub, ambos na rua principal de Poughkeepsie, em setembro de 2013.

Logo eles foram morar juntos no apartamento que ele alugava, no segundo andar de um conjunto modesto de tijolos à vista. Ela entrou com facilidade na vida social dele.

“Não importa onde eles estivessem, ele sempre estava com o braço ao redor dela”, disse Clauss, o músico.

A polícia perguntou aos vizinhos se eles ouviam o casal brigar. Uma vizinha, que não quis se identificar por causa da notoriedade do caso, disse que não tinha notado nenhuma briga.

Portale, advogado de Graswald, não falou sobre as supostas incoerências nas declarações dela à polícia. O caiaque, disse ele, estava com uma tampão faltando na popa havia um tempo, o que não afetava a flutuabilidade.

Quanto às publicações aparentemente alegres de Graswald no Facebook, ele disse que polícia estava ignorando o modo como ela foi criada, preferindo se mostrar forte em vez de se entregar à tristeza.

Ele disse que ela dificilmente será a primeira namorada a reclamar em um diário, ou mesmo a dar vazão a uma fantasia violenta.

“Isso não faz dela uma assassina”, diz ele. “Há uma distância enorme entre ‘eu queria que ele estivesse morto’ e planejar fazer alguma coisa.”

– Lisa W. Foderaro, “Passeio de caiaque no Hudson termina em morte e prisão”, UOL, 18.05.2015. http://bit.ly/1rn7D58


Uma mulher está sendo acusada de sabotar o caiaque do noivo, Vincent Viafore, de 46 anos,, no Rio Hudson, em Nova York, e deixá-lo morrer. Segundo um investigador de polícia contou no tribunal, Angelika Graswald, de 35 anos, removeu a válvula do caiaque e empurrou o remo para longe dele depois que a embarcação virou.

O caso aconteceu em abril do ano passado, Angelika Graswald está presa e sendo julgada esta semana. Segundo um policial que testemunhou o caso, ela perecia calma e sem emoção após ser resgatada. O investigador chefe Aniello Moscato afirmou que ela contou a outro investigado que também manipulou o remo. Angelika Graswald negou as acusações, e seus advogados argumentaram que o noivo dela morreu acidentalmente depois de beber algumas cervejas e cair na água fria.

EXTRA, “Mulher teria retirado tampão de caiaque do noivo para deixá-lo morrer afogado”, 7.06.16. http://glo.bo/1OmRSq1

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