As principais lideranças de facções criminosas no Ceará agora são mulheres


Fonte:   http://bit.ly/2eO3rq6  

Brasil, 2016.

A realidade das mulheres, no mundo do crime, vem mudando a cada dia que passa. Se, antes,elas exerciam um papel secundário de esposa dos grandes chefes do tráfico, agora elas passam a ocupar os cargos mais altos e a comandar as organizações criminosas. Segundo um levantamento da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), essa é uma realidade alarmante. Os dados revelam, por exemplo, que no período de janeiro a setembro de 2016, cerca de duas mil e trezentas mulheres foram presas por envolvimento com alguma facção criminosa. No mesmo período de 2015, esse número era ainda maior. Na capital cearense, por exemplo, o número passou de cerca de mil mulheres detidas em 2016, contra apenas novecentas e cinquenta em 2015. Apesar de ter havido uma pequena queda nas prisões de pessoas do sexo feminino esse ano, os números continuam preocupantes, uma vez que agora elas tendem a ocupar cargos cada vez mais altos na hierarquia das grandes organizações do #Crime.

De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania, cerca de 72% da população carcerária feminina no Estado está detida por envolvimento com o tráfico de drogas. Esse dado demonstra uma participação gigantesca das mulheres, e como elas têm papel de protagonista no tráfico. A maioria delas inicia sua vida criminosa e é detida devido ao envolvimento com a comercialização das drogas. Segundo a delegada Patrícia Bezerra que analisou os dados, esse grande número de mulheres faz parte de uma mudança no papel delas dentro da cadeia do tráfico. Se antes muitas delas apenas acompanhavam os homens, na maioria das vezes seus companheiros, agora elas passam a atuar como chefes no comando das facções. Anteriormente, elas eram objeto de seus maridos, pais e filhos para poder transportar a droga, hoje em dia, muitas vezes, são elas a darem a voz de comando nas favelas. Para tanto, essas mulheres costumam, inclusive, usar os próprios filhos para poder negociar com os traficantes, esconder da polícia, se proteger. Segundo consta, elas agem com bastante frieza e não têm problemas em mandar matar, ou enfrentar os outros líderes e até mesmo a polícia. Uma realidade chocante e bastante triste.

– BlastingNews, “As principais lideranças de facções criminosas no Ceará agora são mulheres”, 26.10.2016. http://bit.ly/2eO4fLG

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