mais homens que mulheres são assediados sexualmente no trabalho no Brasil


Fonte:   http://bit.ly/2ayCzMs  

– IBOPE, 1998.

O personagem de Michael Douglas no filme “Assédio Sexual”, onde é seduzido por Demi Moore, conserva algumas características semelhantes és do perfil do assediado em ambiente de trabalho no Brasil. Contrariando algumas expectativas, as maiores vítimas de assédio sexual no Brasil são homens (34%), de 25 a 34 anos (37%), pertencentes é classe A/B, com instrução superior ao colegial (34%) e que vivem no Rio de Janeiro (33%). Esses são os resultados da pesquisa IBOPE realizada com 500 entrevistados, em janeiro de 1998. Por outro lado, 66% responderam que nunca sofreram assédio sexual e o índice de mulheres abordadas chegou a 23%. Os homens revelaram uma atitude ingénua em relação ao tema, onde 46% disseram que nunca desconfiaram de alguém querendo assediá-los, contra 25% da mesma resposta dada pelas mulheres.

Cerca de 66% declararam que nunca flertaram com colegas de trabalho, sejam chefes, profissionais do mesmo nível hierárquico ou subordinados. Uma faixa de 20% confessou jé ter flertado com colegas de cargo idêntico, enquanto 7% disseram o mesmo com relação a clientes. Apenas 5% dos homens e mulheres entrevistados flertaram com chefe, como no filme, e 4% com assistentes ou subalternos. O índice de quem nunca flertou no trabalho é maior nas faixas etárias superiores a 35 anos (71%), na cidade de São Paulo (70%) e nas classes D/E (77%). Uma média de 46% não considera normal flertar com pessoas em ambiente de trabalho, enquanto 43% vêem com naturalidade jogos amorosos entre colegas de mesmo nível, 19% com clientes, 17% com chefes e 16% com subordinados.

Olhar de forma provocante é considerada a atitude mais indicativa de flerte em ambiente de trabalho por 44% dos entrevistados. Para 35%, assuntos que envolvam sexo séo sinalizadores dessa atitude enquanto 33% indicam o uso de roupas provocantes e 32%, o recebimento ou envio de bilhete ou correio eletrônico malicioso. A maioria dos entrevistados (40%) afirmou não ter participado de nenhum jogo de sedução no trabalho, mas 26% disseram que costumam cumprimentar com beijo e 23% jé convidaram colegas para tomar alguma coisa depois do expediente. Esse dois atos encontram maior aceitação nas classes A/B. Contrariando a informalidade do brasileiro, 55% dos entrevistados acham que não devem passar dos limites do social o grau de intimidade no ambiente do trabalho e gostariam que todos se comportassem dessa forma. Nesse aspecto, 64% das mulheres concordaram com essa afirmação contra 45% dos homens.

– IBOPE, “Homens sãoo mais assediados sexualmente”, 1.01.1998. http://bit.ly/2aKoatL

 

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