– Keli Alexandre, autora de Projeto Reset, 2015.
“Não mexa com a irmandade branca do feminismo, é meu alerta para você, negra. Até mesmo quando indivíduos dela não se dão bem entre si, elas se unem, se aliam com o único propósito de eliminar a praga que você virou no feminismo. As calúnias, as exclusões, as difamações, os banimentos, o isolamento, os boicoites, as indiretas no ask, tudo, de forma sistemática, acontece contra você. A irmandade branca é forte. E infelizmente a negra é cada vez mais fraca, pois muitas negras têm síndrome de Estocolmo com seus opressores e opressoras, e racismo internalizado, e não vê nas outras negras competência e beleza (estética é um fator importante nas relações humanas, sempre foi). Não é fácil ser negra que critica o patriarcado. E mais difícil ainda é ser negra e criticar a irmandade branca. Este é o meu pedido: negras parem de dormir no ponto com o individualismo imaturo e antiestratégico, pare de se desunir de graça com negras só por divergências políticas. Negras não te oprimem, negras não oprimem nenhuma outra classe e brigas internas só enfraquecem a nossa luta em comum. Aprenda a amar negras pois as inimigas não dormem no ponto e elas se amam. E contam com negras que a amam.”
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