
– Fay Weldon, escritora inglesa, autora de A Vida e os Amores de uma Diaba, 1998.
Seus romances são retratados como “como uma bebida forte” – agora as opiniões de Fay Weldon sobre agressão sexual estão dando uma sacudida em muitas mulheres. Em uma entrevista à Radio Times, a prolífica autora disse que a sociedade “dramatiza” o estupro ao categorizá-lo como um crime especialmente repugnante. Weldon disse à revista que o estupro “não é a pior coisa que pode acontecer a uma mulher”, e insistiu que ela falava por experiência própria.
Falando no programa Today, da Rádio BBC 4, ela disse: “Estupro é ruim, mas a morte é pior.”
“O que eu estou tentando dizer não é que o estupro é bom – é o oposto de bom – estou apenas dizendo que se você está vivo e não traumatizado, então há coisas piores que podem acontecer com você.”.
A autora, 66, de A Vida e os Amores de uma Diaba, também atacou a noção de que estupro é uma questão de poder, não de sexo. Weldon disse que ela tinha sido vítima de uma tentativa de estupro quando um amigo a atacou quando ela era uma menina em um táxi.
“Foi ruim, mas não o suficiente para acabar com a minha percepção dos homens”, disse ela. “O homem no táxi simplesmente queria sexo.”
“Agora é muito fora de moda dizer isso, mas o estupro realmente não é a pior coisa que pode acontecer a uma mulher. Se você está salva, viva e sem traumas depois do evento.”
Ela acrescentou: “Definindo-o como um crime particularmente terrível pode até ser contraproducente. Eu gostaria de vê-lo dissolvido para as mulheres e desdramatizado para os homens, devolvendo-o à categoria de agressão física grave.”
Os comentários de Weldon foram rapidamente atacados por grupos de mulheres que trabalham com vítimas de estupro. Uma porta-voz Women Against Rape os chamou de “ultrajante”.
Julie Donovan da Campanha Contra a Violência Doméstica, acrescentou: “Fay Weldon está falando bobagem.”
Mas a autora de mais de 20 romances antecipou seus críticos. Ela disse que já havia chegado na “próxima fase do feminismo”, enquanto outros ficaram para trás.
“Algumas pessoas nascem um gole à frente”, disse ela.
“Eu sempre estive vários anos à frente do meu tempo. Esse tem sido o meu problema ao longo da vida. As pessoas não sabem ainda, mas eles chegam lá.”
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